quinta-feira, 26 de maio de 2016

Bloco 1

VITAMINA A  NA
GESTAÇÃO




A vitamina A é essencial à preservação e ao funcionamento normal dos tecidos, assim como, ao crescimento e ao desenvolvimento. Do mesmo modo, durante a gestação, quando o feto utiliza as reservas de vitamina A da mãe e, após o parto, quando o recém-nascido cresce rapidamente e deverá dispor de quantidades suficientes de vitamina no leite materno, desde que seja amamentado ao seio, como ocorre em muitas culturas. Embora durante a gestação o aumento das necessidades seja muito pequeno, em numerosos países onde a carência de vitamina A é endêmica, as mulheres apresentam frequentemente sintomas de deficiência, tais como casos de cegueira noturna que persiste durante o período inicial do aleitamento.




É provável que o leite materno das mães carentes não contenha vitamina A suficiente para constituir ou preservar as reservas dessa vitamina nas crianças alimentadas ao seio. O reconhecimento de que a vitamina A está relacionada a uma maior mortalidade infantil, mais ou menos aos seis meses, é um forte argumento para melhorar o status da vitamina A da mãe como uma estratégia de sobrevivência infantil. Pode também existir um benefício direto para a saúde materna, fato que ainda não está suficientemente demonstrado.

Nos animais, tanto a carência severa quanto o excesso de vitamina A têm efeitos teratogênicos e são associados a resultados desfavoráveis na gestação. Se ainda não está demonstrado que carências possam ter efeitos análogos na mulher, é preciso admitir a possibilidade deste risco. Uma alimentação que assegure um aporte adequado de vitamina A (nem demasiado, nem muito pouco) é a maneira de responder às necessidades durante a gravidez e o período da amamentação. Todavia, isto pode se tornar difícil em situações de pobreza e nas regiões onde os alimentos com alto teor de vitamina A são raros e caros. Nestes casos, recomenda-se fornecer suplementação de vitamina A durante a gestação, respeitando uma posologia e uma frequência de administração que permitam cobrir as necessidades dos tecidos no decorrer da gestação e do crescimento do feto, além de constituir eventualmente reservas no corpo da mãe que pretende amamentar, sem o risco dos efeitos teratogênicos. A administração de doses elevadas de vitamina A para constituir as reservas da mãe durante a gravidez pode causar problemas em virtude da teratogenicidade potencial da vitamina nos primeiros meses de gestação. Se o risco de efeitos teratogênicos ligados a um consumo excessivo de vitamina A no início da gravidez é bem conhecido, é possível que doses excessivas administradas nos estágios seguintes da gestação possam ter consequências não teratogênicas para a criança, no plano comportamental e neuropsicológico. Os efeitos tóxicos não teratogênicos da hipovitaminose A sobre o desenvolvimento ainda não estão demonstrados. Para prevenir este risco se pode administrar à mãe doses elevadas, não durante a gravidez mas durante os primeiros meses do pós-parto, partindo do princípio que os dois métodos permitirão melhorar a taxa de vitamina A no leite materno e reduzir a mortalidade durante o primeiro ano de vida dos bebês alimentados ao seio.

O temor de um risco potencial de teratogenicidade surgiu da publicação, nos Estados Unidos, de um estudo retrospectivo recente da administração de vitamina A a mulheres, no qual foram obtidas informações, por telefone, de mulheres com um diagnóstico pré natal e que posteriormente, deram à luz crianças com más formações atribuíveis a anomalias no desenvolvimento da crista neural (tecidos sobre os quais o ácido 13 cisretinóico tem um efeito teratogênico). De acordo com as conclusões deste estudo, um aporte alimentar total superior a 15.000 U.I. ou a 10.000 U.I., se se trata apenas de uma suplementação, aumentaria o risco de más formações deste gênero. Os aportes desta ordem não são raros em populações dos países ricos, cuja alimentação habitual cont. m quantidades de vitamina A superior aos aportes recomendados e que consomem, frequentemente, suplementos vitamínicos e/ou alimentos ricos em vitamina A pré-formada, tais como fígado. Este mesmo estudo põe em dúvida a inocuidade de suplementação com vitamina A em mulheres em idade fértil cujos hábitos alimentares lhes asseguram um aporte suficiente ou insuficiente (desta vitamina).


É importante que a grávida receba as quantidades corretas de vitamina A, pois ela é essencial para o crescimento embrionário. A substância contribui para o desenvolvimento dos ombros, formação do coração, olhos e ouvidos. Ela também regula a expressão do gene para a formação do hormônio do crescimento, o GH.



Fonte: http://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudosobre/17627vitaminaaeessencialparaavisaoeocrescimento
Food and Nutrition Board (FNB) Instituteof Medicine, 2001

Aluna: Debora Rodrigues Muniz

Farmácia 2 M1, FAMETRO 

Nenhum comentário:

Postar um comentário