VITAMINA
A NA
GESTAÇÃO
A
vitamina A é essencial à preservação e ao funcionamento normal
dos tecidos, assim como, ao crescimento e ao desenvolvimento. Do
mesmo modo, durante a gestação, quando o feto utiliza as reservas
de vitamina A da mãe e, após o parto, quando o recém-nascido
cresce rapidamente e deverá dispor de quantidades suficientes de
vitamina no leite materno, desde que seja amamentado ao seio, como
ocorre em muitas culturas. Embora durante a gestação o aumento das
necessidades seja muito pequeno, em numerosos países onde a carência
de vitamina A é endêmica, as mulheres apresentam frequentemente
sintomas de deficiência, tais como casos de cegueira noturna que
persiste durante o período inicial do aleitamento.
É provável que
o leite materno das mães carentes não contenha vitamina A
suficiente para constituir ou preservar as reservas dessa vitamina
nas crianças alimentadas ao seio. O reconhecimento de que a vitamina
A está relacionada a uma maior mortalidade infantil, mais ou menos
aos seis meses, é um forte argumento para melhorar o status da
vitamina A da mãe como uma estratégia de sobrevivência infantil.
Pode também existir um benefício direto para a saúde materna, fato
que ainda não está suficientemente demonstrado.
Nos
animais, tanto a carência severa quanto o excesso de vitamina A têm
efeitos teratogênicos e são associados a resultados desfavoráveis
na gestação. Se ainda não está demonstrado que carências possam
ter efeitos análogos na mulher, é preciso admitir a possibilidade
deste risco. Uma alimentação que assegure um aporte adequado de
vitamina A (nem demasiado, nem muito pouco) é a maneira de responder
às necessidades durante a gravidez e o período da amamentação.
Todavia, isto pode se tornar difícil em situações de pobreza e nas
regiões onde os alimentos com alto teor de vitamina A são raros e
caros. Nestes casos, recomenda-se fornecer suplementação de
vitamina A durante a gestação, respeitando uma posologia e uma
frequência de administração que permitam cobrir as necessidades
dos tecidos no decorrer da gestação e do crescimento do feto, além
de constituir eventualmente reservas no corpo da mãe que pretende
amamentar, sem o risco dos efeitos teratogênicos. A administração
de doses elevadas de vitamina A para constituir as reservas da mãe
durante a gravidez pode causar problemas em virtude da
teratogenicidade potencial da vitamina nos primeiros meses de
gestação. Se o risco de efeitos teratogênicos ligados a um consumo
excessivo de vitamina A no início da gravidez é bem conhecido, é
possível que doses excessivas administradas nos estágios seguintes
da gestação possam ter consequências não teratogênicas para a
criança, no plano comportamental e neuropsicológico. Os efeitos
tóxicos não teratogênicos da hipovitaminose A sobre o
desenvolvimento ainda não estão demonstrados. Para prevenir este
risco se pode administrar à mãe doses elevadas, não durante a
gravidez mas durante os primeiros meses do pós-parto, partindo do
princípio que os dois métodos permitirão melhorar a taxa de
vitamina A no leite materno e reduzir a mortalidade durante o
primeiro ano de vida dos bebês alimentados ao seio.
O
temor de um risco potencial de teratogenicidade surgiu da publicação,
nos Estados Unidos, de um estudo retrospectivo recente da
administração de vitamina A a mulheres, no qual foram obtidas
informações, por telefone, de mulheres com um diagnóstico pré
natal e que posteriormente, deram à luz crianças com más formações
atribuíveis a anomalias no desenvolvimento da crista neural (tecidos
sobre os quais o ácido 13 cisretinóico tem um efeito teratogênico).
De acordo com as conclusões deste estudo, um aporte alimentar total
superior a 15.000 U.I. ou a 10.000 U.I., se se trata apenas de uma
suplementação, aumentaria o risco de más formações deste gênero.
Os aportes desta ordem não são raros em populações dos países
ricos, cuja alimentação habitual cont. m quantidades de vitamina A
superior aos aportes recomendados e que consomem, frequentemente,
suplementos vitamínicos e/ou alimentos ricos em vitamina A
pré-formada, tais como fígado. Este mesmo estudo põe em dúvida a
inocuidade de suplementação com vitamina A em mulheres em idade
fértil cujos hábitos alimentares lhes asseguram um aporte
suficiente ou insuficiente (desta vitamina).
É
importante que a grávida receba as quantidades corretas de vitamina
A, pois ela é essencial para o crescimento embrionário. A
substância contribui para o desenvolvimento dos ombros, formação
do coração, olhos e ouvidos. Ela também regula a expressão do
gene para a formação do hormônio do crescimento, o GH.
Fonte:
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudosobre/17627vitaminaaeessencialparaavisaoeocrescimento
Food
and Nutrition Board (FNB) Instituteof Medicine, 2001
Aluna:
Debora Rodrigues Muniz
Farmácia
2 M1, FAMETRO
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