Deficiência de vitamina K
Alguns medicamentos, como antibióticos, aspirina (salicilatos) e anticonvulsivantes podem interferir na absorção de vitamina K1, reduzir a quantidade de vitamina K2 produzida nos intestinos, ou aumentar a necessidade orgânica de vitamina K.
Em recém-nascidos, as deficiências se associam à doença hemorrágica do recém-nascido, também chamada doença hemorrágica por deficiência de vitamina K. Isto pode causar hemorragias e contusões e, em casos graves, hemorragia cerebral fatal. Este tipo de problema já foi mais comum, porque recém-nascidos têm menor estoque de vitamina K, seus intestinos ainda não possuem uma flora normal estabelecida e o leite materno não a fornece em quantidade suficiente. Além disso, caso a mãe receba certos medicamentos – como anticonvulsivantes – durante a gravidez, o neonato pode apresentar deficiência de vitamina K já ao nascer. Atualmente, esse tipo de situação é resolvida, na maioria dos casos, através da administração rotineira de injeções de vitamina K aos neonatos logo após o nascimento.
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas associados à deficiência de vitamina K podem incluir:
* Contusões e equimoses após pequenos traumas.
* Hemorragia subgengival ou nasal.
* Hemorragia excessiva através de feridas, punções, injeções ou locais de cirurgia.
* Períodos menstruais prolongados ou com sangramento excessivo.
* Sangramento no Sistema Gastrointestinal (GI).
* Sangramento através da urina e/ou fezes. * Aumento no Tempo de Protrombina (AP, TP ou RNI).
Exames laboratoriais
Tempo de Protrombina (TP, AP ou RNI) A deficiência de Vitamina K pode ser motivo de suspeita – e geralmente é descoberta – sempre que ocorre um sangramento inesperado ou excessivo. Nestes casos, o principal exame laboratorial realizado é o Tempo de Protrombina (também conhecido como Atividade de Protrombina, AP, TP ou RNI). Se o resultado estiver prolongado, e se houver suspeita de deficiência de vitamina K, o próximo passo é administrá-la, geralmente na forma injetável. Caso o sangramento pare e o TP/RNI retorne ao normal, presume-se que a causa é a deficiência de vitamina K.
Algumas vezes, podem ser solicitados outros testes de coagulação para avaliar um paciente que apresente hemorragia excessiva e contusões ou equimoses, tais como: TTP, Tempo de trombina, Contagem de plaquetas, Testes de função plaquetária, Dosagem de fatores de coagulação, Fibrinogênio, e D-dímero.
A dosagem da vitamina K no sangue raramente é utilizada para determinar se há alguma deficiência. Como não é um exame rotineiro, geralmente é enviado a um laboratório de referência, e os resultados podem demorar muitos dias.
Tratamento
O tratamento imediato da deficiência de vitamina K em geral envolve a suplementação por via oral ou injetável. Pessoas que apresentam doenças crônicas podem necessitar de suplementação a longo prazo ou por toda a vida.
Não há relatos de problemas com níveis altos das formas naturais da vitamina K (K1 e K2). Estas apresentam baixa toxicidade, mesmo em altas concentrações. Contudo, a vitamina K3 hidrossolúvel pode ser tóxica, se for administrada em grandes quantidades. Além disso, sabe-se que a vitamina K3 causa anemia hemolítica em lactentes, de modo que não é utilizada para tratar crianças.
Os fatores de coagulação de vitamina K-dependentes (que dependem dessa vitamina) são produzidos pelo fígado. Pessoas que têm doença hepática crônica podem não conseguir produzir esses fatores em quantidade suficiente, mesmo quando há fornecimento considerável dessa vitamina. Nestes casos, pode ser que a suplementação não apresente resultados.
Fonte: Lab Teste Online / Tua Saúde
Aluna: Kátia Oliveira
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